Encantamento: o ensino que falta ao seu filho
Uma das coisas mais importantes que se pode ensinar aos filhos é o encantamento: “O mundo nunca sofrerá com a falta de maravilhas, mas apenas com a falta de capacidade de se maravilhar”.
Uma das coisas mais importantes que se pode ensinar aos filhos é o encantamento: “O mundo nunca sofrerá com a falta de maravilhas, mas apenas com a falta de capacidade de se maravilhar”.
Tenho visto um número cada vez maior de pais desejosos de ensinar os filhos em casa – o famoso homeschooling. No entanto, das coisas importantes para se ensinar a uma criança, qual é a mais essencial? Eu diria que é o encantamento.
Certa vez, o teólogo católico G. K. Chesterton disse: “O mundo nunca sofrerá com a falta de maravilhas, mas apenas com a falta de capacidade de se maravilhar”.
É sobre isso que trataremos neste post.
O Salmo 19 diz:
“Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.
Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite.
Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som;
no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo. Aí, pôs uma tenda para o sol,
o qual, como noivo que sai dos seus aposentos, se regozija como herói, a percorrer o seu caminho.
Principia numa extremidade dos céus, e até à outra vai o seu percurso; e nada refoge ao seu calor.” (Salmo 19.1-6)
É a mais bela poesia já feita sobre a criação e sobre a ordem que Deus deu a todas as coisas. Davi não apenas falou o que os seus olhos viam, mas o poetizou, porque estava encantado com o que via.
Caro leitor, se você não se sente capaz de ensinar muitas coisas aos seus filhos, com este post quero incentivá-lo a ensinar apenas uma coisa: ensine os seus filhos a se encantarem com tudo ao seu redor.
Quando Eva foi enganada pela serpente, a Bíblia diz que o fruto proibido se tornou agradável aos olhos. Foi depois da desobediência que se estabeleceu a incapacidade de ver a beleza real das coisas.
Não é sem propósito que Jesus diz, em Mateus, capítulo 6:
“A candeia do corpo são os olhos.” (Mateus 6.22)
No mesmo capítulo, Jesus busca corrigir o nosso olhar, dizendo:
“Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem colhem, nem ajuntam em celeiros; mas vosso Pai celestial as alimenta. Acaso não tendes muito mais valor do que elas?” (Mateus 6.26)
“E por que andais ansiosos quanto ao que vestir? Olhai como os lírios do campo crescem; eles não trabalham, nem tecem;
mas eu vos digo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles.” (Mateus 6.28-29)
Jesus chama a nossa atenção para que olhemos corretamente para algumas coisas. Sendo assim, pergunto: onde estão os olhos capazes de ver as maravilhas diante de si? Essa é a grande questão. A falta de encantamento acaba por se tornar uma doença que adoece a pessoa e a sua crença.
Quem possui a mente regenerada pela obra de redenção do nosso Salvador Jesus Cristo olha para todas as coisas sabendo que ali há beleza real, beleza que nos ajuda a ver o poder do nosso Criador, e que a fé não é um tiro totalmente no escuro; ao contrário, temos evidências abundantes de que tudo está na sua devida ordem.
O olhar que Jesus pede dos Seus discípulos não é meramente um olhar de identificação das coisas, e sim um olhar de contemplação das coisas. Esse olhar sempre deve vir acompanhado por encantamento.
O encantamento abarca muitas coisas elevadas, tais como: a gratidão, a beleza, o sentido, a ordem, a arte, o significado, a conexão com a realidade e ao mesmo tempo a conexão com o transcendente.
Voltando ao Salmo 19, vemos que o poeta está encantado com a criação. Esse encantamento o leva a notar a beleza que há nas Escrituras, a revelação perfeita do nosso Deus na Sua Palavra, que nos aponta e revela o nosso Senhor Jesus Cristo.
“A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos simples.
Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos.
O temor do SENHOR é limpo e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e inteiramente justos.
São mais desejáveis que o ouro, sim, do que muito ouro puro, mais doces do que o mel que goteja dos favos.
Também o teu servo é advertido por meio deles, e há grande recompensa em segui-los.” (Salmo 19.7-11)
Não é possível um crente não se encantar com a obra de redenção. Não é possível um cristão não se emocionar com a exposição fiel da Palavra de Deus. Na verdade, isso é possível, sim – a um cristão doente. Doente do quê? Dos olhos.
O cristianismo e a obra de redenção não são apenas normas de conduta, regrinhas de como se viver, muito embora haja certa forma de se viver essa verdade. Não, o cristianismo e a nossa redenção são extremamente belos. O salmista viu nessa obra de redenção uma fonte inesgotável de beleza, quando diz que a lei do Senhor é mais desejável do que muito ouro, mais doce do que o mel na sua forma mais pura.
Como é bela a verdade de saber que Deus, podendo encerrar nossa história na primeira desobediência, decidiu revelar um plano sublime, que envolveria a doação do Seu próprio Ser. Deus deu de Si mesmo. Ele Se fez mais pobre do que os pobres. Ele Se fez maldição para livrar os amaldiçoados. Consegue ver beleza nisso?
É isso que você precisa urgentemente ensinar aos seus filhos. Ensine-os a se encantarem com tudo o que está ao seu redor. Ainda que você não consiga ensinar a eles a matemática e o português, você poderá mostrar que em tudo há beleza. Só é preciso ajustarmos a nossa visão para o “modo” encantado.
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